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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vou fazer de conta . Este dedico à nossa filha caçula..

              Vou fazer de conta que não estou aqui
              Agarrado à Terra por força da gravidade
              Que de grave sabemos que  pouco tem
               E muito menos merecedora de alguma curiosidade
               Só me puxa para baixo, sem outras intenções,
               Nada tem de  interessante ou de outras qualidades

.              Sem tirar a conta do que desconto
               Sem inventar um conto para criticar
               Sem me empregar mais do que a conta
               Vou inventar um conto que tenha a tal da gravidade
               Sem grandes cautelas nem justificações
               Mas com prudentes responsabilidades  
              
               Sou teimoso, fico-me na minha, não saio daqui
               Entrando em força, saindo para o ar livre
               Tenho as costas largas, vou para aqui, regresso dali
               Respiro fundo o aroma das minhas flores
               Proponho-me não desistit de boas intenções
               Não ostentando petulâncias nem quaisquer vaidades.    

1 comentário:

Hacker maker (Vicente) disse...

Em retribuição fica com esta extraordinária de Bernardo Soares:
"A vida é uma viagem, experimental, feita involuntariamente. É uma viagem do espírito através da matéria, e, como é o espírito que viaja, é nele que se vive."

Beijos agradecidos da filhacaçula

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